26 de julho de 2010

"FILTROS"

Há dias a Carolina confidenciava-me: “cruzei-me com a minha vizinha e vi na cara dela uma expressão de que não gostei, percebi logo que ela me vai trazer problemas”. Estremeci com esta ideia da minha amiga, porque senti que ela iria ter os tais “problemas” levados pela vizinha.


Seria ou não a vizinha uma potencial criadora de problemas? Na verdade, a resposta a esta pergunta não interessa para o desfecho da questão, a Carolina já o tinha decidido, pois começara a criar dentro dela o íman que vai atrair os problemas que a vizinha lhe irá levar. É este impulso criador que inconscientemente damos às situações que surgem na nossa vida, porque o desconforto inexplicável activa o “filtro” com que olhamos cada situação; de tal modo que acreditamos, sem discussão ou dúvida, ser aquele o único desfecho possível. O desconforto gera a desconfiança que gera o medo que, por sua vez, activa o “filtro” habitual de cada pessoa.


Mas não há pessoas “problemáticas”? Será de facto o "filtro" da Carolina o único causador dos problemas? Claro que há pessoas que estão sempre a defender-se do que pensam ser o ataque do mundo a si próprias. Porque se sentem inseguras têm medo ou, melhor dizendo, medos, dos quais se defendem sem terem sido, sequer, alvos de qualquer ataque real ou potencial. Esta atitude acaba por atrair as pessoas e situações que fazem com que se possa dizer no final: “acontece-me sempre isto!”; com a certeza de vítima que se é, sem conseguir perceber que, afinal, se foi o principal agente da situação.


O filtro da Carolina é o de olhar cada pessoa como um inimigo, como um potencial causador de problemas, antes de o despir de roupagens e julgamentos, aceitando-o como Alma, como ser de luz que todos somos. Seria bom conseguirmos perceber que cada potencial atacante é afinal e apenas, como nós, uma vítima do medo induzido pela própria mente. 


Existem muitos outros "filtros" que condicionam a nossa perspectiva do mundo e do outro: "ninguém me ama"; "sou incapaz de..."; não mereço"; "não consigo"; "todos me magoam"; "tudo de mau me acontece"; "só posso contar comigo";...


Certamente que todos nos reconhecemos em algumas das afirmações acima e em muitas mais semelhantes. Com certeza que em algum momento sentimos a inevitabilidade do desfecho que tememos. Ter esta consciência é ter o poder de alterar essa mesma inevitabilidade, ao conseguirmos perceber que se trata apenas duma velha estratégia mental, controlada pelos medos e inseguranças. A Luz e o Sucesso chegam quando reconhecemos e desmitificamos para nós próprios essas velhas estratégias, quando desactivamos o filtro e passamos a olhar sem julgar nem antecipar, com pureza e aceitação, no caminho da paz interior.


Paz e Harmonia para todos

16 de julho de 2010

2º PIQUENIQUE SURYA

Caros Amigos,
No próximo domingo, 18 Julho 2010, vai acontecer o 2º Pic-Nic Surya.
O "programa" desta vez é um pouco diferente, para nos adaptarmos ao dia quente que o Verão nos traz.
Vamos encontrar-nos pelas 10h00 da manhã na rotunda de Coina, perto da bomba de gasolina. Ali, esperamos até às 10h15 por quem não conheça o caminho, para depois seguirmos para a Mata da Machada (que fica a menos de 5 minutos de carro na estrada de Coina para o Barreiro, mesmo em frente ao quartel dos Fuzileiros).

Durante a manhã vamos partilhar actividades:
- carta do "Poder Interior";
- meditações com "os Anjos";
- os dados com as energias astrológicas do momento;
- Roda de partilha de Energia com a Mãe-Terra;
- circulação de Amor;
... e tudo o que surgir no momento

Levamos jogos também para as crianças.



Depois partilhamos os petiscos, e a tarde será como cada um quiser. Tempo de deixar a conversa fluir, de percorrer o circuito da Mata, de rir muito, brincar mais... ou seja, de permitir que fluam e circulem em abundância a Luz, Paz e Harmonia que a manhã nos trouxe.

Para a partilha de petiscos cada pessoa deverá levar apenas 1 petisco + 1 bebida ou sobremesa, em quantidade apenas suficiente (sejamos abundantes mas não perdulários).
Como alguns já disseram o que  levariam fica a lista:

- pasteis de bacalhau + doce Tijelada (humm já cresce água na boca)
- saladas + arroz (hehe...à bela maneira portuguesa e que belo arroz que é)
- frango assado + frutas + sumos
- Quiche de cogumelos + Bolo de maçã e canela



Para quem não conhece, a Mata da Machada tem vários fontanários, parque de merendas, circuito de manutenção...

Uma "reflexão" do Mestre Omraam Mikhael Aivanhov sobre o Amor à floresta:



"Quando entrais numa floresta, tomai consciência de que há ali uma multidão de criaturas(...) e que elas vos vêem.  Tentai estabelecer relacionamento com elas e dirigi-lhes mesmo a palavra para lhes mostrar que apreciais o seu trabalho. Aproximai-vos de uma árvore, por exemplo, e dizei-lhe: «Como tu és bela! Como és poderosa, resistente, sólida! Ah, se também eu pudesse ter a tua resistência, a tua solidez! Encarrego-te de dizer a todas as árvores da floresta que são magníficas, que eu as amo. Saúda cada uma da minha parte, dá-lhes um beijo por mim.»
Depois, abraçais a árvore, e então as entidades que nela habitam vão transmitir o vosso amor a toda a floresta. Assim, enquanto vós continuais a passear, as outras entidades, que receberam a vossa mensagem, saem das árvores para vos ver; elas ficam maravilhadas e dançam à medida que passais. E, quando regressais a casa, sentis-vos felizes, sentis que saboreastes algo da verdadeira vida."



E um texto sobre a Mata da Machada onde nos vamos juntar:

"Designa-se hoje Mata Nacional da Machada, a propriedade constituída pelo antigo Pinhal de Vale de Zebro e pela Quinta da Machada.
A Quinta da Machada pertencia ao “Convento de Nossa Senhora da Luz da Ordem de Cristo”, porém quando foram extintas as Ordens Religiosas em 1834 foi adquirida por um particular, sendo mais tarde aforada ao Estado que a anexou ao Pinhal de Vale de Zebro.
Encontra-se situada no centro da Península de Setúbal, entre as povoações de Coina, Palhais e Santo António da Charneca. Sujeita a Regime Florestal esta Mata encontra-se hoje, sob a gestão da Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste e ocupa uma área com cerca de 385,7 hectares.
Sendo a única área florestal de razoável dimensão do Concelho, a Mata é considerada o “Pulmão da Cidade” e um local privilegiado para actividades de recreio e lazer, dispõe de um parque de merendas e diversos fontanários, para além de um Centro de Educação Ambiental e de uma rede de estradas e caminhos frequentemente utilizados para práticas desportivas, permitindo à população uma melhor qualidade de vida."



LUZ, PAZ E HARMONIA

Conversa de cafe II

Tem estado um calor de rachar e isso tem sido a causa de eu ir mais tarde para a minha esplanada preferida.
Sento me e observo, como sempre, o que à minha volta vai acontecendo.
Hoje, para não variar, estava mais nas nuvens do que presente, quando o pessoal começou a chegar ao Ponto de Encontro. Entre cumprimentos e trivialidades, apercebemo-nos que o João andava desaparecido há vários dias. O que se passa com ele? perguntava um... ao certo ninguém sabia, somente que não aparecia.
Um telefonema e lá conseguimos que viesse ter connosco, uma coisa rápida, um cafezinho e voltas para casa, dissemos nós, para o convencer... lá veio.
Chegou cabiz baixo, triste, sem brilho....
" Tenho andado em baixo, disse ele quase como introdução, não me apetece sair de casa, não me apetece fazer nada. Chego do trabalho e fico sentadinho no sofá, sem fazer ondas, não sei o que se passa mas também não me apetece perder tempo a pensar sobre isso... isto há de passar..."
Fomos esticando a conversa, puxando por ele , tentando mostrar-lhe outras perspectivas, enfim fomos conversando entre amigos, com as piadas e as brincadeiras que sempre nos animam e nos fazem sair de casa para estarmos juntos, neste pequeno cantinho.
Ao fim de um tempo já o João estava com outro aspecto, com outra cara, com outra disposição. Acabou por deixar escapar " já estava com saudades de estes bocadinhos, de esta lufada de ar fresco.."
Nesta frase resumiu todo o sentido do meu pensamento. Quando estamos juntos vibramos em conjunto, bem que todos tenhamos os nossos problemas, estar ali faz com que esses mesmos problemas passem para segundo plano. Movimentamos a energia da amizade e vamos carregando as nossas baterias de forma que encaramos os problemas com outra cara, outra perspectiva.
O que queria deixar como ponto de pensamento e reflexão, utilizando as palavras do João, é que juntos podemos ultrapassar melhor os problemas. Conseguimos outros apoios e outras visões, conseguimos outras forças.
Assim, quando estamos em baixo é o momento em que devemos mais rapidamente recorrer aos amigos e ao contacto com os outros, o que normalmente não fazemos. Quando estamos em baixo é quando mais facilmente nos fechamos em copas e no nosso cantinho.
 No entanto nessas alturas devemos confiar nos outros e aproximarmos-nos, porque teremos outra carga, outra visão, outro apoio.
Os amigos são para as ocasiões; sejam essas boas ou más, por isso não se afastem quando estão em baixo, pelo contrário aprendam a confiar e a pedir ajuda, só assim perceberemos que toda a energia é cíclica, hoje ajudo eu a que atinjas de novo o cume da montanha e amanhã será a tua vez de me ajudares a subir. Sempre seremos úteis uns aos outros no caminho, desde que nunca percamos o contacto e não nos afastemos uns dos outros.
Individualmente somos vulneráveis, em grupo somos insuperáveis.
Um Abraço Luminoso para Todos